terça-feira, 11 de novembro de 2014

Longe demais de Amsterdam

[...] o 2º Passeio Ciclístico da Emater tem por objetivo incentivar a adoção de transportes alternativos aos automóveis particulares para o deslocamento entre casa e trabalho, contribuindo com o meio ambiente.

Cidades abarrotadas
Nas cidades de médio e grande porte, e por vezes até mesmo naquelas consideradas menores, a falta de estrutura para suportar a imensa frota de veículos particulares, rivalizando com os de transporte público e funcionais, resulta em imensos congestionamentos, que são responsáveis por atrasos, problemas de saúde, desperdício de recursos financeiros e tantos outros problemas. A frota gaúcha, no início deste ano, chegou a 5,7 milhões de automóveis, número que só aumenta. Estima-se que cerca de 950 novos veículos ganham as ruas das cidades do RS a cada dia, uma média de 39 por hora, número que não tende a diminuir, devido às facilidades para a aquisição desse tipo de bem e a elevação social de grande parte da população.

Alto preço a se pagar
Mais gente circulando pelas estradas e ruas a bordo de automóveis e sobre motocicletas resulta também no aumento do número de acidentes com vítimas feridas e fatais, situação que demanda altos gastos em atendimento de saúde de emergência e previdência. Assim como os escapamentos de carros e motos contribuem significativamente com a emissão de gases poluentes e a consequente diminuição da qualidade do ar respirado nos centros urbanos. Estudos apontam que o ar respirado em Porto Alegre contém o dobro de poluentes do que o recomendado. São partículas provenientes da queima de combustível de carros, motos e veículos pesados e do atrito da borracha dos pneus com o asfalto. Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar a R$ 360 milhões anualmente para o tratamento dos sérios danos que a poluição é capaz de causar na saúde de quem habita ou trabalha na cidade.

Outros modais
No contexto atual, e considerando também o pequeno investimento em infraestrutura viária e transporte público, a bicicleta surge naturalmente como o único meio de transporte privado viável no mundo, e principalmente em locais menos desenvolvidos no quesito transportes, como é o caso do RS e especialmente de Porto Alegre. O momento é favorável ao uso do veículo de propulsão humana, já que a aceitação a ele é cada vez maior, a extensão de ciclovias e ciclofaixas aumenta a cada dia, principalmente nas grandes e médias cidades, locais onde as bicicletas contribuem com a diminuição dos problemas de falta de espaço e poluição causados pelos veículos motorizados.

Todos ganham
Além dos ganhos ambientais, a bicicleta ainda pode servir de agente para a diminuição da taxa de sedentarismo. Enquanto o seu usuário desfruta do menor tempo gasto em deslocamento e economia de valores antes dispendidos em transporte, ainda aproveita os visíveis benefícios proporcionados pela atividade física. O uso constante da bicicleta pode contribuir com o aumento da massa muscular, queima de calorias e melhoria da capacidade respiratória.

Carona Solidária
A Emater/RS-Ascar, além de estimular o uso da bicicleta como meio de transporte entre os seus empregados, lançará durante o evento o projeto de Carona Solidária, que prevê o compartilhamento de veículos entre os colegas no trajeto entre casa e trabalho. “As cidades já não comportam tantos carros, e a prova disso são os congestionamentos cada vez maiores, independente do horário. Pode parecer uma ação pequena, mas se cada um fizer a sua parte, teremos um mundo melhor para se viver”, afirma o diretor técnico da Emater/RS.
A iniciativa funcionará através do cadastramento em um site (www.caronetas.com.br/emater), que colocará em contato os empregados que desejam receber e fornecer caronas, levando em consideração a proximidade de suas residências e a semelhança de seus itinerários. [...]

"Passeio ciclístico incentiva o uso de transportes sustentáveis", publicado no Notícias da Casa, boletim interno da Emater/RS-Ascar – novembro/2014